Fontes:

O Início da Imprensa na Europa

                O surgimento da Imprensa na Europa só foi possível a partir da maior produção de papel, o aperfeiçoamento da prensa e a inovação do tipo móvel reutilizável. Muito antes de chegar na Europa, a contribuição para à disseminação da palavra imprensa já existia, com destaque para inovações da tinta chinesa, a impressão xilográfica e impressão com caracteres móveis de argila. Porém, não pode-se dizer que a impressão tipográfica se desenvolveu por meio da xilografia ou por caracteres móveis de argila, já que esses materiais eram extremamente frágeis e não seriam capazes de registir à força da prensa. Além disso, a sua eficácia na produção só foi observada no Ocidente, já que a simplificação dos caracteres teve uma maior adaptação e os custos para produção era bem menor. Durante a Idade Média, a Igreja detinha o conhecimento e a sua reprodução, assim, existiam mosteiros espalhados com monges copistas que transcreviam bíblias e textos antigos à mão em pergaminhos e rolos de papel. Desse modo, as informações eram bastante restritas, pelo fato de cada cópia de livro ser feita à mão e isso tudo leva um tempo dispendioso, assim, o conhecimento só chegava para aqueles detentores de boa fortuna. O crescimento do espaço urbano e expansão do comércio acabou por disseminar informações favorecendo o acesso à alfabetização, reduzindo cada vez mais a quantidade de espaços públicos apropriados para leitura da população não alfabetizada. A versão mais aceita da história é que um artesão e fundidor de metais, chamado Johann Gutenberg, que residia na cidade de Mainz, Alemanha, vendo uma boa oportunidade de lucro começou a desenvolver uma técnica de imprimir texto em 1438. Ele pediu um empréstimo ao ourives Johann Fust que a partir disso adaptou uma prensa que originalmente era usada para esmagar uvas na fabricação de vinhos e desenvolveu um método de fundir tipos de metal em peças únicas que poderiam ser reutilizadas. Desse modo, Guttenberg foi capaz de criar os detalhes que faltavam para tornar o processo da impressão viável, reproduzindo as informações em uma velocidade consideradas inalcançáveis. Diversas obras começaram a ser impressa, como: as gazetas, os pasquins, folhetos com notícias e outros opinativos, sendo assim o primeiro passo para a democratização da cultura. A Igreja não estava nem um pouco satisfeita com a crescente disseminação de informação, primeiro que diversos monges e escribas perderam sua função na cópia de livros à mão, e segundo, ela acabava deixando de ser a autoridade que regia o conhecimento. As pessoas comuns agora eram capazes de ler a Bíblia e gerar sua própria interpretação. Existem dados que por volta de 1500 haviam mais de 250 centros europeus com impressoras que haviam produzido cerca de 27 mil edições. A multiplicação dos livros facilitou a tarefa de encontrar informações, porém era necessário a compilação de catálogos para grandes bibliotecas particulares ou públicas. No século XVII, uma solução encontrada para isso foi a impressão de catálogos das bibliotecas. É inegável a participação de Guttenberg dentro do processo da criação tipográfica impressa. Graças a isso, a informação passou a ser veiculada de uma forma muito ágil e veloz, permitindo uma produção econômica e múltipla da comunicação alfabética.


Figura 1: Catálogo Biblioteca, Século XVIII






















Figura 2: Ilustração sobre a produção da xilogravura



Figura 3: Tipo móvel de argila



Figura 4: Bíblia impressa por Guttenberg














REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BURKE, Peter. Problemas causados por Gutenberg: a explosão da informação nos primórdios da Europa moderna. Disponível: BANDEIRA DE MELO, Patrícia. Um passeio pela História da Imprensa: O espaço público dos grunhidos ao ciberespaço. Disponível: BACELAR, Jorge. Apontamentos sobre a história e desenvolvimento da impressão. Disponível em: CLAIR, Kate. Manual de tipografia: a história, as técnicas e a arte / Kate Clair, Cynthia Busic-Snyder; tradução Joaquim da Fonseca. - 2. 400p.

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